Uma vez, eu me apaixonei por um brinco.
Não, não pra eu usar, mas por um que estava sendo usado por uma mulher.
Esse brinco brincava comigo e cada dia ele aparecia de um jeito diferente. Tinha dia que ele aparecia de metal em forma de argola, tinha dia que era comprido de madeira ou casca de árvore.
Algumas vezes era apenas uma pedrinha brilhando discretamente, outra era uma pena de alguma ave tropical. Tinha vezes que o brinco nem aparecia, mas mesmo assim eu ficava ali olhando apaixonado.
Não, não pra eu usar, mas por um que estava sendo usado por uma mulher.
Esse brinco brincava comigo e cada dia ele aparecia de um jeito diferente. Tinha dia que ele aparecia de metal em forma de argola, tinha dia que era comprido de madeira ou casca de árvore.
Algumas vezes era apenas uma pedrinha brilhando discretamente, outra era uma pena de alguma ave tropical. Tinha vezes que o brinco nem aparecia, mas mesmo assim eu ficava ali olhando apaixonado.
Eu nunca fui tão fiel, mas fazia questão de não olhar para nenhum outro brinco.
Às vezes até batia a tentação de olhar discretamente para um colar ou uma pulseira que tentava imitar o brinco, mas eu sempre voltava toda a minha atenção para aquela formosidade.
Às vezes até batia a tentação de olhar discretamente para um colar ou uma pulseira que tentava imitar o brinco, mas eu sempre voltava toda a minha atenção para aquela formosidade.
E sempre que podia, eu chegava bem perto do brinco e falava bem baixinho, quase sussurrando no ouvido da dona do brinco: Eu te amo.