quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Espero que saibas a sorte que tens.

"Tu não sabes quem eu sou, mas eu sei quem tu és... e só preciso de um minuto da tua atenção.

Espero que saibas a sorte que tens. O quanto eu gostaria de estar na tua pele. Poder estar na mesma cama que ela todas as manhãs. Ajudá-la a acordar da má disposição matinal.

Espero que saibas que ela não te vai falar enquanto não lavar os dentes. Não é por mal... é por medo de perder o encanto aos teus olhos. Que a consideres um ser humano comum.
Espero que saibas que ela gosta de aproveitar cada raio de sol, e que o café a deixa mal disposta.

Que escolhe a roupa que vai vestir na noite anterior, só para poder ter mais cinco minutos de sono pela manhã. Que o despertador toca cinquenta vezes até que se levante, e que mesmo assim, consegue chegar a horas.

Quero também dizer-te que ela adora histórias do fantástico. Mas não de terror! Que é capaz de saber o nome de todas as personagens de um livro antigo, mas que não se vai esforçar para decorar o nomes de todos os teus amigos à primeira...
Porque ela... ela é que sabe de si.

Tu nunca serás uma sorte para ela. Sorte é poderes tê-la na tua vida.
Sabes? Ela não é romântica por natureza, mas uma demonstração espontânea da tua parte vai fazê-la fraquejar. Porque ela é segura e doce ao mesmo tempo.

Ela não sabe cozinhar, mas vai esforçar-se para fazer o teu prato preferido. E se não estiver bom, ela vai rir-se do falhanço, em vez de corar.

E quando ela ri... quando ela ri eu tenho vontade de chorar. Não de tristeza, mas porque cada gargalhada é como uma nota musical que toca ao coração e me faz querer dançar.

Ela é tudo o que eu queria e nunca soube que tive.

Aprende que a arritmia que sentes com ela é normal!
E que a falta dela é um vazio igual à morte.
Espero que sejas tudo aquilo que eu nunca fui.
Espero que a trates bem. Porque se lhe partires o coração vais perdê-la para sempre. 
Pudesse eu ter lido o futuro."

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Viver dá um trabalho.



Eu já nasci dando trabalho. Trabalho de parto. Mas o maior trabalho foi convencer meu pai a parar de chorar de felicidade. E quem pensa que depois ficou fácil, pense de novo. Eu cresci trabalhando. Trabalhei como ilustrador de parede da sala, arquiteto de castelos de areia e roteirista de histórias com bonecos de ação. Mas sempre dava um jeito de encaixar um cochilo no meio do expediente.

Aí chegaram a adolescência e os benefícios da juventude. E eu continuei dando trabalho pros meus pais, pros professores, pras namoradas e pra polícia. Mas isso foi só a fase de trainee. Depois eu fui promovido e tive que procurar trabalho. Essa parte foi difícil, mas eu sempre pude contar com a ajuda de chefes experientes e colegas de trabalho que me ensinaram exatamente o que eu precisava saber. Tudo.

Agora, eu só penso em formar minha própria empresa. Até fiz alguns processos seletivos, mas ainda estou à procura da sócia ideal. Quando encontrar, pensarei na segunda parte do plano: ter um júnior. Isso vai me custar várias horas extras. Não quero nem imaginar o trabalho que isso vai dar. 

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Luz. Câmera. Amor.


A história de nós dois sempre foi coisa de cinema. Uma roteiro completo, com aventura e romance, drama e comédia.

Quando eu te encontrei, sabia que era amor à primeira vista. Mesmo com meus amigos falando para eu curtir os embalos de sábado a noite.

A cada beijo seu, eu falava que estava pronto pro fim dos dias. Afinal, eu não estava mais à procura da felicidade. Ela estava comigo sempre que eu ficava de olhos bem fechados.

Todo dia eu olhava pra cima e agradecia o poderoso Chefão por colocar alguém assim na minha vida: uma mulher nota 1000.

Com você, eu me sentia eternamente jovem. Ao mesmo tempo que nosso sentimento ia se tornando duro de matar. Imortal.

O tempo passou. Nosso amor acabou. E o vento levou.

Mas nem o Super-Homem aguentaria uma vida sem seu amor, seu abraço, seu beijo, seu macarrão com queijo.

Era uma missão impossível.

Eu te amei muito no passado. Te amo no presente. E faço de tudo pra ter você de volta pro futuro.

Por isso, que tal colocar nosso amor á toda prova e encarar a verdade nua e crua: A gente merece um “the end” feliz.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Desculpas...

Ele tentava pedir desculpas, tentava falar que foi sem querer, mas ela não o perdoava de jeito algum.

- Amor, me perdoa, eu nunca mais farei isso.

- Não tem como! O que você fez é imperdoável! Mulher nenhuma no mundo poderia perdoar um absurdo desse!

- Mas querida, foi algo totalmente sem importância.

- Sem importância?! Sem importância para você! A mim magoou profundamente!

- Desculpa, eu não sabia que ia te magoar tanto, porque eu te amo...

- Me ama? ME AMA?! Se me amasse de verdade, nunca teria feito isso! Que canalha!

- Já falei, eu não sabia que isso significava tanto para você. E eu juro que isso nunca mais acontecer.

- Não adianta! Uma vez é o suficiente. E quer saber de uma coisa? Eu quero o divórcio!

- Divórcio, amor? Por causa de uma besteira dessas? Como assim? Como você quer jogar 20 anos de casado no lixo por causa de uma bobagem?

- Sim! É o que você merece! Quando você me perder, vai ter tempo o suficiente pra pensar no que fez.

- Amor, eu já pedi desculpa. Para com essa ideia de destruir nosso casamento por causa de uma coisa tão simples. Pense nos nossos filhos!

- Eu estou pensando neles! Principalmente no Junior! Eu não quero nem imaginar ele crescendo com um pai que faça esse tipo de coisas com uma mulher!

- Não fala assim, amor. Eu já estou me sentindo muito mal com isso... Não precisa falar assim.

- Preciso sim. Para você aprender! E quer saber? Hoje você não dorme aqui. Faz sua mala e rua! Vai pra casa dos seus pais, de algum amigo ou hotel, mas hoje a gente não dorme debaixo do mesmo teto!

- Amor...

- Nada de amor! Pode sair!

- OK... Mas pelo menos me promete que amanhã a gente senta e conversa melhor sobre isso tudo? Por favor? Pelos nossos 20 anos juntos, pelos nossos filhos.

- Pode ser, mas eu não prometo nada. Depois a gente se fala.

(ele sai de casa)

- Ô dona Helô, que que houve entre a senhora e o doutor Maurício?

- Ele me desrespeitou! Me humilhou! E ainda teve a audácia de prometer que não iria fazer de novo! Que ridículo! Acabou tudo entre nós. Como eu posso confiar num homem que pergunta se eu tenho certeza se devia pegar mais um bombom da caixa?!