Eu já nasci dando trabalho. Trabalho de parto. Mas o maior
trabalho foi convencer meu pai a parar de chorar de felicidade. E quem pensa
que depois ficou fácil, pense de novo. Eu cresci trabalhando. Trabalhei como ilustrador
de parede da sala, arquiteto de castelos de areia e roteirista de histórias com
bonecos de ação. Mas sempre dava um jeito de encaixar um cochilo no meio do
expediente.
Aí
chegaram a adolescência e os benefícios da juventude. E eu continuei dando
trabalho pros meus pais, pros professores, pras namoradas e pra polícia. Mas
isso foi só a fase de trainee. Depois eu fui promovido e tive que
procurar trabalho. Essa parte foi difícil, mas eu sempre pude contar com a
ajuda de chefes experientes e colegas de trabalho que me ensinaram exatamente
o que eu precisava saber. Tudo.
Agora,
eu só penso em formar minha própria empresa. Até fiz alguns processos seletivos,
mas ainda estou à procura da sócia ideal. Quando encontrar, pensarei na segunda
parte do plano: ter um júnior. Isso vai me custar várias horas extras. Não quero
nem imaginar o trabalho que isso vai dar.
"Sociedade", dizem, é contrato que se assina com o capeta. Mas até que certos capetinhas valem a pena. ;)
ResponderExcluirSobre as horas extras, acostume-se. Elas serão por toda vida..mas mesmo assim, com todo trabalho, vale muito a pena. É recompensador afirmar: taí o meu projeto bem sucedido.
Beijos.
parabens pelo texto!
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