sexta-feira, 17 de abril de 2009

Só uma cervejinha...

Só uma cervejinha...

Essa história é semi-verídica e ocorreu em algum ano antes de 2009 e depois de 1985. Eu sei, porque eu já estava vivo.

Num sábado chuvoso, inventaram de fazer uma micareta, no Rio Centro, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

Como bons micareteiros, eu e meus amigos levamos um isopor cheio de gelo e cerveja na mala, para fazer aquela “pré” no estacionamento e já entrar de voadora no evento.

Lá pelas tantas, o show estava para começar e ainda ficaram sobrando quatro garrafas de cerveja. Deixamos pra lá, pois já tínhamos secado quase duas caixas e mais algumas garrafas de vódega.

Curtimos o show, fizemos aquela fanfarrice, tocamos o terror e foi uma presepada só. No final, voltamos para o carro, todos de lama até o joelho, um pouco embriagados, menos o motorista, obviamente, e toca voltar pra casa.

Para nossa surpresa, a nossa querida PM resolveu fazer uma blitz na entrada da Linha Amarela, sentido zona norte, nosso caminho.

E é óbvio que eles pararam nosso carro. E aí começa o diálogo:

PM: Desce todo mundo. Mão no capô e documentos do carro.

Amigo 01: Tranquilo, camarada.

PM: Não sou seu camarada. Vocês tão voltando de onde?

(obs: estávamos todos de abadá, a uns 300 m de onde estavam vindo centenas de pessoas com o mesmo abadá)

Eu: Na micareta, ué! É só ver o abadá...

PM: E você é o engraçadinho, né?

Eu: Desculpa.

PM: Muito bom né? E o senhor dirigindo alcoolizado?

Amigo 01: Que é isso, amigão? Eu tô dirigindo, mas não bebi nada.

PM: Claro que bebeu! Tá na sua cara que você bebeu.

Amigo 01: Tá, tomei umas cervejinhas, mas tem tempo.

PM: Não pode nem duas...

Amigo 01: Então... Sei lá... Tem como a gente negociar isso? Tá todo mundo cansado, querendo voltar pra casa...

PM: Pode ser. Até porque, enquanto você tomava sua cervejinha, eu tava trabalhando, né? Você podia deixar uma cervejinha pra mim...

Amigo 01: Claro, companheiro. Com o maior prazer.

Nisso, o Amigo 01 foi até o porta-malas, abriu o isopor, pegou uma das garrafas que tinham sobrado e entregou na mão do PM.

Amigo 01: Tá aí, parceiro. Uma cervejinha geladinha!


(nessa hora a gente achou que a porrada ia lamber ali mesmo e eu já tava pensando em como contar essa história pros meus pais, na delegacia, sem rir.)


PM: Cara... hahahaha.... Sai logo daqui antes que eu prenda todo mundo... hahahahaha


E, com uma cerveja a menos, mas sem multa e sem a necessidade de algemar ninguém, voltamos para casa rindo mais que hiena doidona de prozac.

Um comentário:

  1. hauhauhauahuahuah conheco essa historia!! e sei quem eh esse tal amigo 1!!!! hauahuahuahuahauhau mttt boaaaaa

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